Recebi $260.000 do pai da garota que matei


Acho que esse é o meu o fim, então, leitor quero compartilhar com você o que eu fiz nos últimos três meses da minha vida. Quero confessar, sem pensar nas consequências, só quero te dizer o que aconteceu.

Estou me entregando, e meu medo de cair de vinte andares não é maior que meu desejo de esquecer tudo o que fiz. Eu sei o que fiz, trabalhando com um monstro, mas ainda acredito que no momento que aceitei a oferta de Raymond Morat, estava em uma posição difícil e fui obrigado a aceitar.

Raymond é o pai de Julia Morat, uma antiga paciente minha. Eu era seu médico, e, por um tempo, fomos amantes. Eu era 15 anos mais velho que ela, e ficamos juntos pela primeira vez algumas semanas antes de seu aniversário de 18 anos. Era um romance que não tinha futuro, algo totalmente impróprio. Não posso negar que estar com ela algumas semanas antes de ser permitido por lei não foi excitante. Passar o tempo com alguém como Julia, tão cheia de vida, tão bonita, fez eu me sentir 10 anos mais jovem, e consequentemente meu amor por ela crescia cada vez mais.

Olhando para trás posso ver quão idiota eu fui. Ela estava me usando para ter acesso aos remédios. Não sei como isso começou. Ela vinha, ficava um pouco, fingia estar passando mal, ou simplesmente me pedia, e algo dentro de mim me forçava a dar as pílulas sempre que ela implorava. Oxycontin, Perks, Vicodin, tudo isso. E enquanto eu estava tendo um relacionamento com essa garota que ainda estava no ensino médio, meu ciúme pelo namorado dela aumentava cada vez mais. O nome dele era Robert Dunn, um merda que eu acreditava que a apresentou ao mundo das drogas.

Para deixar bem claro, de modo algum tentei fazer mal a Julia, mas não posso dizer o mesmo sobre Robert. Eu queria matá-lo. Arquitetei um plano para que Julia desse cápsulas em gel de oxycontin para Robert. Era uma droga extremamente forte, e eu avisei os perigos a ela. Disse para entregar os comprimidos a ele, e a preveni: "Julia, por favor, não tome este remédio.”

Eu tinha injetado fentanil no centro das pílulas de gel. Robert nunca tocou nelas. Julia decidiu que tomaria algumas. Ela saiu da minha casa e teve uma overdose, morrendo antes mesmo de chegar até sua casa. Robert foi culpado pelo vício dela, mas nunca enfrentou problemas sérios com a lei, o que deixou o pai de Julia bastante decepcionado. Pobre, pobre Raymond - ele havia perdido sua esposa para o câncer três anos antes, e agora sua única filha também estava morta.

Foi assim que me encontrei conversando com Raymond uma noite, um ano depois da morte de Julia e poucas semanas depois de eu perder meu diploma. Eu tinha um sistema para pegar remédios da rede hospitalar local, e descobriram. Felizmente, não notaram que eu estava fazendo isso a anos. Fui demitido e meu diploma foi cassado com uma acusação falsa muito menos embaraçosa para mim e para a rede hospitalar.

Raymond me propôs uma estranha oferta. Ele me disse que precisava de um médico em sua casa por três meses. Por este tempo ele me pagaria $260,000. Ele deixou claro que o dinheiro era legítimo. Era uma oferta tentadora, proveniente do pai da garota que amei e que acidentalmente morreu. Perguntei-lhe o que eu faria, mas ele simplesmente me fez uma pergunta: "Você vai honrar Julia comigo, doutor?" Eu não poderia recusar. "Claro", respondi.

Antes de começar a descrever as coisas que aconteceram na casa de Raymond Morat, sinto que preciso explicar um pouco sobre o próprio Raymond. Ele era um garoto pobre, e se afastou de sua família antes mesmo de sair da adolescência. Ele não conhece nenhum de seus irmãos ou irmãs, não vê sua mãe há mais de vinte anos e nunca conheceu seu pai. Ele era um investidor que entrou no ramo através de grandes empresas de tecnologia. Se aposentou com quarenta e poucos anos, dedicando sua vida às necessidades e desejos de sua esposa e filha. A morte de sua mulher foi difícil, mas foi a morte de sua filha que realmente arruinou Raymond. Ele era um homem que veio do nada e alcançou o topo, mas ainda sim teve sua família arrancada de suas mãos. Tudo o que escrevi sobre Raymond não é uma desculpa para o que ele me mostrou quando chegamos a sua casa enorme e isolada, mas ajuda a entender exatamente o que aconteceu com ele, que já foi um homem feliz e amoroso.

Raymond me mostrou sua casa - a cozinha, os banheiros e os dormitórios. Ele deixou claro que eu ficaria confortável durante os meses que eu estivesse hospedado lá. Havia apenas uma regra:
"Tudo nesta casa é seu. Televisão, bebidas, e se eu deixar dinheiro em uma mesa ele também é seu", disse Raymond. "Há apenas uma coisa que você não deve se intrometer. Venha comigo.”

Raymond me levou para o segundo andar. Ele caminhou até uma das portas do quarto fechado e o abriu com uma chave que estava em seu bolso. "Sua tarefa o aguarda dentro deste quarto."

No interior do cômodo, com cada membro esticado e amarrado na cama, estava um assustado Robert Dunn. O menino que eu tentei matar um ano atrás por razões de amor estava amarrado a uma cama... Também por razões de amor.
"Bobby! Acorde, Bobby!” Gritou Raymond enquanto agitava as pernas dele. A consciência voltou aos seus olhos, e Robert olhou para mim. Ele nunca havia me visto antes, e não fazia a mínima ideia de quem eu era. Talvez eu tenha acidentalmente matado Julia, mas Robert também deve assumir sua parcela de responsabilidade. Ele que a tornou uma viciada, não eu. Ele é o único que a ensinou a seguir seu desejo, a trair meu conselho, a tomar as pílulas. Ele a ensinou como me seduzir para ter o que queria de mim. Lembrei de tudo isso quando o vi, e deixei meu ódio tomar conta.

"Que bom que você acordou, Bobby. Este é o homem que eu te falei. Ele vai cuidar de você. Ele agora é o seu bom médico,” disse Raymond. Ele me pediu para olhar as feridas dele. Queria ter certeza de que ele estivesse completamente saudável. “Pronto para ir à guerra", como ele disse. Também insistiu que eu começasse a dar injeções de morfina a Robert. O suficiente para fazê-lo se sentir bem. “Quero que ele fique feliz e que aceite o lugar em que está." Raymond me perguntou se eu sabia a quantidade certa de morfina para agradar Robert e não matá-lo. Eu não sou anestesista, mas afirmei que sabia. Nunca vou me esquecer o que vi nos olhos de Raymond - felicidade, prazer; emoções que ele não deveria sentir desde a morte de Julia.

Naquele primeiro dia com Robert, confirmei que ele era um jovem em boa saúde. Ele era um viciado, com marcas de agulhas em seus braços, mas seu peso, altura e pressão eram bons. Ele não me fez perguntas, não me pediu para libertá-lo de sua cama. Apenas ficou em silêncio enquanto eu o encarava.

Entreguei meu relatório a Raymond. Ele ficou satisfeito e me pediu para ajudá-lo a mover Robert para o porão. Raymond construiu uma pequena cela ali. Ele me disse que estava mantendo Robert no quarto até que ele estivesse saudável. Tinha certeza de que ele não conseguiria escapar.

Nos dias que se passaram, Raymond me fez administrar morfina a Robert. O fato dele estar em uma sala minúscula, fria e úmida sem nenhum cobertor parecia não incomodá-lo. Eu estava encarregado de garantir que ele não contraísse pneumonia, mas também limitado a oferecer o mínimo de conforto. Raymond preferia antibióticos a um aquecedor, queria que Robert sofresse, mas não morresse.

Este ciclo de injetar morfina em Robert o dia inteiro e ter certeza de que ele não estava ficando doente se estendeu por três semanas. Durante esse tempo, Raymond ainda estava trabalhando no porão, trazendo uma grande televisão, DVD blu-ray e um console de videogame. Fiquei confuso, imaginando se era era tudo para Robert ou para Raymond e eu - algo para fazermos enquanto nos assegurávamos de que o menino na cela não morresse. Raymond nunca ligou a TV; ele nunca testou o blu-ray. Ele apenas deixou tudo lá até eu perguntar do que se tratava.

"Você descobrirá em breve", disse ele. "Bobby está recebendo morfina há vinte e cinco dias agora. Eu quero que você pare. Faça o que for necessário para garantir que ele não morra em apreensão. Quero que ele acorde amanhã e sinta o metal frio de sua cela ".

Segui as ordens de Raymond, administrando pequenas quantidades de morfina para evitar convulsões com a retirada. Obviamente, desconheço seus conhecimentos sobre a abstinência de opiáceos, mas você provavelmente deve estar ciente dos efeitos físicos dolorosos, mas é mais do que isso. A abstinência trás uma enorme fadiga mental, seguida por depressão. Robert apenas chorou por dias, ciente de seu estado miserável. A mudança súbita da felicidade para a percepção da agonia era evidente toda vez que eu olhava em seus olhos.

O olhar indiferente que ele me lançava quando estava extasiado pela morfina mudou. Agora ele me encarava com pavor, medo. Ele não falou nem uma dúzia de palavras no primeiro mês, mas logo após a retirada da morfina ele não parou de me pedir ajuda. Era difícil ignorar suas súplicas e vê-lo sofrer, mas permaneci inflexível ao lembrar de sua parcela de culpa na morte de Julia.

No sexto dia da retirada, Raymond me encarregou de administrar opiáceos de novo. Desta vez, Oxymorphone. Mais forte do que a morfina e com uma meia-vida mais curta, a droga é como a cocaína dos analgésicos, com efeito rápido e intenso. O efeito rápido significa que a pessoa não fica sonolenta. Ao contrário, quem o ingere se sente energizado, como se tivesse acabado de tomar um estimulante. Raymond queria que eu administrasse essa droga em Robert, o suficiente para deixá-lo contente por dez dias.

A primeira vez que administrei oxymorphone foi, com certeza, um dos melhores dias da vida de Robert. Quase instantaneamente seu tremor parou, sua mandíbula relaxou e ele estava à vontade. No segundo dia, Raymond desceu ao porão enquanto eu estava lá. Ele estava trazendo uma pizza. Com base em sua expressão facial, acredito que aquela foi a melhor comida que Robert havia ingerido desde que estava aprisionado. Raymond mostrou a televisão e apresentou Robert a infinidade de jogos e filmes.

Ele estava contente. Entupido de analgésicos e entretido com a televisão, filmes e jogos, Robert parecia não se incomodar em estar numa pequena cela, sendo um prisioneiro há mais de um mês.
Dez dias de diversão e oxymorphone se passaram, e Raymond me mandou parar novamente. Ele me deu as mesmas regras, administrar o necessário para garantir que Robert não entrasse em coma ou tivesse convulsões.

Se a última retirada de Robert foi dolorosa, as comodidades adicionais que Raymond havia oferecido a ele tornou a segunda retirada muito pior. Em vez de seis dias, Raymond o deixou ficar limpo por dez. Ele tirou o controle da televisão e passou a exibir um fluxo constante de fotos de Julia. Robert gritava, coberto de remorso. Sua culpa e reação negativa pode ter sido artificial, fabricadas a partir da abstinência, mas isso não amenizava o que ele sentia. Robert estava em um estado miserável, e naquela segunda retirada comecei a me sentir mal por ele. Raymond não ia parar de torturá-lo, imaginando que foi ele quem deu a Julia as pílulas que a mataram.

Perguntei a Raymond quando deveria começar com as drogas novamente. "Tramadol", ele me disse. "Eu quero que você lhe dê o máximo possível".

Foi uma escolha estranha. Tramadol é muito mais fraco do que as outras drogas que dei a ele, mas eu estava começando a entender o pensamento doentio de Raymond. Esse medicamento atua em uma parte diferente do cérebro, agindo como um antidepressivo e narcótico poderoso. Isso significava pouco em termos de Robert ficar alto, mas também significava que a próxima retirada seria ainda mais dolorosa, afetando diretamente as emoções dele. Toda tristeza que Robert sentia seria duplicada.

Raymond também me disse para começar a lhe dar Cialis, o que realmente não entendi. Administrei Tramadol e Cialis por apenas uma semana. Novamente, Robert caiu em uma profunda depressão, chorando em sua cela, e novamente Raymond transmitiu fotos de Julia na televisão. Outra semana se passou, sete dias de tramadol e cinco dias sem. Raymond queria que eu desse mais. Nós fizemos isso três vezes, e cada retirada era pior para Robert.

E então, enquanto eu ainda estava dando os remédio a ele, nós o transferimos de volta para o quarto. O amarramos da mesma forma que eu o encontrei dois meses antes. Quando lhe dei sua dose final de tramadol e cialis do dia, uma mulher entrou na sala. A semelhança era surpreendente. Uma garota, provavelmente em seus vinte e poucos anos, quase idêntica a Julia. Seus trejeitos denunciavam que ele era uma viciada.

Raymond contratou uma prostituta parecida com Julia para fazer sexo com Robert amarrado. A mistura de tramadol e cialis significava que Robert queria essa menina mais do que tudo no mundo, mas ele não podia tê-la, a dose de tramadol que eu tinha aplicado era simplesmente muito alta, o deixando impotente. Raymond sempre dava algo bom a Robert apenas para vê-lo sofrer com a perda. Essa era sua forma de torturá-lo.

Na manhã seguinte, encontrei Robert no porão, que agora estava sem as grades da cela, jogado no chão frio de cimento. Ele estava passando pela abstinência novamente. "Por que você está ajudando ele?" Robert gemeu enquanto eu o olhava e checava seus sinais vitais. Foi a primeira vez que ele falou comigo em dias.

"Ele tem muito dinheiro", disse.

"Você também está fazendo isso por dinheiro?" Robert gemeu.

Nesse momento percebi a ferida mais grave que eu já havia visto nele. Seus testículos foram destruídos, com profundas lacerações em seu escroto. Minha idéia ingênua de como Raymond torturava Robert estava errada. Ele não queria impedir que ele experimentasse o prazer, ele queria fazê-lo sentir dor e miséria no auge de seu prazer.

Subi para falar com Raymond. Seu ato de violência tinha passado de todos os limites.
"O que você vai fazer com Robert? Qual é a próxima coisa que você vai fazer com aquele menino?"

"Taxa de variação", disse Raymond. "É sobre a taxa de variação. É algo que aprendi quando era mais jovem. Você está se perguntando por que estou lhe dando prazer e depois infligindo dor, certo? Cada vez mais prazer e cada vez mais dor."

"O que vai acontecer com Robert?" Perguntei novamente.

"O sexto drink nunca é tão bom quanto o primeiro ou o segundo. Você sabe por quê?" Raymond perguntou retoricamente. "Tudo se trata das variações. Quando estamos sóbrios, o primeiro drink é mais saboroso do que o sexto ou o nono. Eu quero que ele sinta o mesmo, mas com dor. Eu o construí apenas para derrubá-lo. Trancafiá-lo em uma cela sob condições miseráveis ​​não seria tão doloroso, quero vê-lo destruído, machucado".

Perguntei novamente: "Então, o que você vai fazer depois?"

"Ele tem espaço lá embaixo agora", disse Raymond. "A cela se foi. Ele pode andar por aí. Depois de dois meses em um espaço confinado, acredito que ele vai adorar. Então… Então eu vou deixá-lo com pés de lótus. Você sabe o que é isso?"

"Sim, eu sei." Pés de lótus, foi um antigo costume chinês onde os pés das mulheres eram mutilados apenas para mostrar que elas não precisavam trabalhar nos campos. É um processo incrivelmente doloroso que foi praticado em crianças. A metade dianteira de cada pé é dobrada para baixo até que os dedos toquem a sola.

"Eu não recomendaria fazer isso em Robert", disse. "Ele está velho demais para isso, e as chances de infecção são muito altas".

"Se você está começando a se preocupar com o estado de saúde de Bobby, há algo que você pode fazer para libertá-lo."

Perguntei o que ele queria.

"Vou deixá-lo ir se você trocar de lugar com ele", disse Raymond.
Pensei em perguntar "Por que eu?", mas estava começando a ficar claro que o Sr. Morat sabia mais sobre a relação entre mim e sua filha do que ele havia transparecido.

"Lá embaixo Robert disse algo sobre dinheiro... Que você lhe deu dinheiro. Por que você deu dinheiro a ele?"

"De que outra forma eu atrairia Bobby para esta casa? E, além disso, na época eu não tinha um médico para administrar as drogas, eu tinha que usar Bobby.” Raymond fez uma pausa, e então fez uma pergunta que me perturba até hoje. "Você vai substituir Bobby?"

Eu estava nervoso. Ele não deixou claro se era uma pergunta ou uma ameaça.

"Por que eu trocaria de lugar com Robert?", Perguntei.

"Culpa. Se você sentir culpa pela morte da minha filha, deveria trocar de lugar com Bobby. Se você não fez nada de errado, então simplesmente vá embora. Vou te dar um cheque pelo tempo que passou aqui.”

"Raymond, estou assustado. Eu vou sair daqui e não vou trocar de lugar com ele".

"Eu não pensei que Bobby trocaria de lugar com Alex, mas ele trocou, e Alex está livre", disse Raymond.

"Alex Khusid? Ele era colega de classe de Julia, certo?” Perguntei.

"Sim", disse Raymond. Ele vendia drogas a ela. Acredito que ele a apresentou a esse mundo. Bobby estava em sua posição, e Alex na posição que agora é de Bobby há apenas alguns meses. Fiz minha proposta para Bobby, a mesma que fiz para você, e ele concordou. Ele aceitou porque sentia culpa. Ele sabia que era mais responsável pela morte de Julia do que Alex. Ele tinha que trocar de lugar com ele. Então, se você sente que é mais culpado do que Bobby pela morte de Julia, assuma o lugar dele."

Houve uma pausa. "Já escolhi um médico para você”, disse Raymond. "Troque de lugar com Bobby ou vá para casa e deixe ele ser torturado sem supervisão médica. Vou fazer tudo sem anestesia. Ele sentirá todos os ossos quebrando enquanto os dedos se curvam até o tornozelo. Ou... Você pode trocar de lugar com ele. Tudo depende do seu nível de culpa."

"Ou eu posso sair daqui e ligar para a polícia", disse.

"Sim, e mandar para a prisão o pai da garota que você ajudou a matar. Suponho que se você fizer isso, você é verdadeiramente inocente, pois nem mesmo um monstro poderia matar a filha de um homem e depois mandá-lo para a prisão para salvar a si mesmo."

Lembro-me de ser atingido em cheio por uma sensação de culpa. Eu não era apenas responsável pela morte de Julia, minha omissão significava que Robert Dunn estava aprisionado no porão de Raymond e sendo torturado. Eu também era responsável pela tortura de Alex, e eu nem sabia quem ele era.

"Saia, doutor", disse Raymond. "Eu estarei aqui, certificando-me de que Bobby pague sua dívida com minha filha. Se você voltar, vou parar. Se você ligar para a polícia, eu vou ter que parar. Se você optar por não fazer nada, saberei que você não teve nada a ver com a morte da minha filha."

E agora eu estou aqui. Tenho que tomar uma decisão. Devo enviar para a prisão o pai da garota que amei e matei ou trocar de lugar com Robert e ser torturado? Eu também posso não fazer nada e deixá-lo ficar no porão de Raymond, sofrendo sozinho.

Eu realmente não sei o que fazer.

Creepypasta traduzida do autor(a) crazyguzz1

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